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Intercâmbio vira opção para jovens profissionais

 

Apesar de ser uma experiência bacana e diferente, fazer um intercâmbio não é fácil. É preciso escolher o destino ideal, se programar, decidir o tempo da viagem, e também se planejar financeiramente pelo menos seis meses antes do embarque.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ainda que muita gente pense que o maior público de intercambistas sejam adolescentes, isso está mudando. Segundo uma pesquisa feita pela Belta (Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais), as agências têm atendido cada vez mais pessoas com idade entre 18 e 30 anos. Em 2014, aproximadamente 230 mil estudantes brasileiros foram enviados ao exterior, principalmente para os Estados Unidos e Reino Unido, e movimentaram cerca de US$ 1,4 bilhão no mercado financeiro desse setor.

 

Mesmo com a crise econômica, o segmento não foi impactado negativamente. Um estudo feito pela organização mostra que o aumento pela procura de cursos de idiomas com foco em áreas específicas, por exemplo, passou de 21% para 40% entre janeiro a julho de 2015, se comparado ao ano passado. De acordo com a presidente da associação, Maura Leão, as empresas estão ajudando o cliente a remanejar o que ele já estava planejando.

 

"As pessoas que estão sendo desligadas das empresas por causa da crise e que recebem a indenização vão investir na continuidade da sua formação", afirma. Ela explica que essa opção de atrelar o aprendizado de idioma com uma área de conhecimento tem sido bastante requerida. "Por exemplo um curso de inglês com foco em direito. A pessoa terá dois objetivos alcançados ao mesmo tempo, então o investimento ficará muito mais otimizado."

 

 

Principais dúvidas

Na hora de escolher o país, a maioria dos brasileiros tem como destino o Canadá, devido ao seu alto padrão de qualidade de vida, e é seguido dos Estados Unidos e Reino Unido. Segundo a rede de intercâmbio World Study, a Irlanda também tem sido escolhida por conta da permissão de trabalho. Para Maura, o mais importante é escolher um local que dê retorno futuramente quando o intercambista voltar ao Brasil. "Tem que ir para um lugar que você volte com mais capacitação do que quando saiu", declara.

 

Já o tempo médio de permanência no exterior depende muito do tipo de programa que o interessado quer, mas a maior parte tem se planejado para ficar de um a até três meses fora. O curso mais procurado ainda é o de idioma, sendo o inglês a língua mais estudada. Segundo Humberto Murakami, agente de turismo da Gonna Travel, quem terminou a faculdade recentemente pode investir em um curso de especialização, como uma pós graduação, por exemplo. "Aqueles com função universitária, em que o aluno tem uma carga horária menor de aulas e recebe um certificado, também são interessantes."

 

Para quem é trainee, o mais indicado é fazer um MBA, ou seja, os mestrados e doutorados, por um período de dois anos. Contudo, Murakami faz um alerta. Devido às altas taxas de desemprego atuais em muitos países, os governos não estão mais incentivando tanto o trabalho estrangeiro, o que muitos procuram para bancar o estudo. "Às vezes é melhor se especializar no Brasil ao invés de pegar um empréstimo para o intercâmbio e se endividar, já não é mais uma garantia de que a pessoa conseguirá um emprego melhor quando voltar, e nem com um salário mais alto."

 

Por Milena Carvalho e samuel rodrigues

Acervo Wix

Veja as dicas dos especialistas Humberto Murakami e Samuel Magalhães para planejar a viagem:

"Para gastos fixos, como alimentação, transporte, contas de água e luz, um intercambista deve reservar pelo menos US$ 1 mil (ou € 1 mil dependendo do país) por mês", recomenda Murakami. Ou seja, se o estudante ficar no exterior durante seis meses, ele deve levar, no mínimo, US$ 6 mil para usar com os itens básicos - lembrando que neste valor não está incluso o valor das passagens e de hospedagem.

“Quem vai viajar, não precisa se preocupar se o dólar vai cair ou não. O melhor a se fazer é comprar a moeda aos poucos, para poder ficar tranquilo quando chegar a hora de viajar”, alerta Samuel Magalhães. Para o economista, o planejamento precisa ser realizado e as metas traçadas com antecedência, de forma que o intercambista possa atingir as expectativas estipuladas ainda no Brasil.

 

Na Irlanda há seis meses, a paulista Carolina Gil, de 24 anos, sabe bem como é passar por um aperto financeiro. "Eu vim com a ideia de arrumar algum emprego pra ajudar com o dinheiro e não consegui, então fiquei bem frustada", conta. Ela, que tinha se programado para ficar até março de 2016 no país e até pensava em renovar o visto e fazer mais um curso, deve fazer as malas e voltar para o Brasil antes da hora. "Por não estar trabalhando e também por algumas mudanças nas regras de imigração, decidi voltar até um pouco antes. Provavelmente volto em janeiro."

Há quatro anos vivendo nos Estados Unidos, o paulistano Guilherme Gallucci, de 20 anos, sentiu na pele a diferença cultural e a dificuldade para se adaptar com a língua. “Estudei inglês no Brasil, mas quando você enfrenta a realidade e tem que se virar em diferentes situações, percebe que ainda falta bastante para se tornar fluente”, explicou. No entanto, o estudante também relata a importância que um intercâmbio tem para o aprendizado individual. “Vivo com pessoas de diferentes lugares da América do Sul. Então, quando voltar para o Brasil, vou poder falar Português, Espanhol e Inglês de forma fluente”.

Carol Gil
Carol Gil
Carol Gil
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Guilherme
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Depois de um ano e dois meses realizando um intercâmbio em Londres, na Inglaterra, a estudante Lica Oliveira, de 23 anos, viajou com objetivos definidos, mas percebeu durante a viagem que nem sempre as coisas ocorrem da maneira como foram planejadas. “Eu esperava ter uma experiência acadêmica muito mais significativa do que tive, mas a experiência pessoal superou todas as outras coisas. Conheci lugares e culturas diferentes e passei por momentos que não tem preço”, afirmou.

Lica
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Conheça algumas outras histórias no documentário Intercâmbio: Expectativa X Realidade, produzido pela revista. É só clicar aqui.

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