
Já a pesquisa desenvolvida pela Deep (Desenvolvimento e Envolvimento Estratégico de Pessoas e Clientes) em 2014 no Brasil apontou que os trabalhadores gastam, em média, três dias de trabalho por mês resolvendo questões pessoais nas redes sociais durante o expediente.
Redes Sociais x Produtividade
Twitter, Facebook, Instagram, Youtube, Skype são apenas algumas das muitas redes sociais que existem e somam cada vez mais usuários. De acordo com a Pesquisa Brasileira de Mídia 2015, encomendada ao IBOPE pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM) 48% dos brasileiros usam internet, sendo que entre estes, 92% estão conectados por meio de redes sociais.
E como administrar a utilização dessas ferramentas durante o horário de trabalho? A questão é polêmica e divide opiniões. Algumas empresas optam por restringir o acesso, alegando não apenas a baixa produtividade, mas a preocupação de que dados confidenciais possam ser fornecidos nessas páginas, vindo a comprometer a empresa.
Por Karina Pimenta

Karina Pimenta
Facebook é a rede social preferida de 83% dos brasileiros, segundo pesquisa da SECOM, em 2015
O estudo divulgado pelo professor Joe Nandhakuma, do Reino Unido, garante que com a tendência do home office as redes socias podem ajudar a unir funcionários, possibilitando até que profissionais trabalhem e colaborem mesmo quando não estão no escritório.

Esse é o caso do banco Itaú, empresa em que Thais Fernanda Buzo, 29, trabalha como gerente. Na organização, o acesso a sites de entretenimento e redes sociais é totalmente bloqueado. A bancária acredita que a medida é eficaz e necessária. “Nós trabalhamos com dados sigilosos e além disso não é elegante atender um cliente com a página do Facebook aberta”, diz.
Já na indústria de produtos químicos Tirreno, em Diadema, onde Daniela Carla Feitosa, 27, é auxiliar de expedição, o acesso é liberado apenas no período de intervalo, que acontece sempre entre 11h e 13h. “Durante o almoço nós conseguimos entrar em todos os sites, depois o acesso é negado, o que eu acho natural”, comenta.
Por outro lado, há também quem acredite que a restrição não é o melhor caminho. No mundo dos smartphones que permitem conexão 24 horas, bloquear o acesso nos computadores não significa necessariamente impedir o uso durante o expediente.

A psicóloga especializada em Recursos Humanos, Carla Copetti, 50, avalia que a proibição pode prejudicar até mais do que o acesso, como por exemplo, com a utilização de celulares escondido.
Para Carla a melhor opção é a liberação monitorada para estimular o autogerenciamento. “É muito importante que o colaborador tenha metas definidas e prazos, e se ele consegue ter autonomia com responsabilidade por que não permitir? ”, questiona.
Além disso a ela reforça a importância de que todos os trabalhadores tenham conhecimento das regras da organização a qual fazem parte: “No momento da admissão o funcionário deve passar por um processo de integração, onde é exposto toda a política interna da empresa. Isso é essencial para evitar desentendimentos”, acredita.

Você gosta de ficar horas navegando, postando fotos e acompanhando as curtidas do Facebook? Já parou para pensar em transformar esse hobby em uma atividade rentável? Existem algumas profissões que as redes sociais são ferramentas básicas de trabalho.







Marina Ferreira, 25, soube aproveitar bem essa chance. Para a formada em Publicidade e Propaganda, a possibilidade de ingressar na área de Mídias Digitais surgiu ainda no último ano da faculdade, por conta da experiência pessoal com as redes sociais.
Idealizadora do Exaltatumblr, escolhido como por dois anos consecutivos um dos tumblrs mais engraçados do Brasil pelo site especializado YouPix, ela atua hoje como Community Manager, que é um gerente de comunidades responsável por desenvolver conteúdos e as relações públicas nas mídias sociais, na agencia S2 Puclicom.
Mas vale ressaltar que ser um usuário assíduo não é garantia de estar preparado para o cargo. Marina lembra que existem questões “sérias”, como planejamento, métricas, táticas e mudanças em algoritmos das ferramentas, que demandam muita atenção, mas compensam pelo prazer da profissão “Não tenho como negar é muito bom estar inserido nesse mundo tão divertido e sempre cheio de novidades e ter isso como carreira”, garante.
Acostumada a ficar conectada mais de 10 horas por dia, Marina dá algumas dicas para quem quer ingressar na área: "É importante ficar sempre atualizado nas novidades, nos memes, nas novas redes sociais que aparecem todos os dias por aí, e fazer muito benchmarking em páginas grandes e de destaque. Dar uma olhadinha no que os outros estão fazendo é muito bom para inspiração’, aconselha a publicitária.